04 agosto 2009

Atos falhos

Técnica mista, 80x100cm (col.: Gustavo Ribeiro)

De vez em quando, capto por aí alguns atos falhos interessantes e não há como concluir que existe uma intenção abertamente contrária àquilo que o indivíduo está dizendo.
Um mês e pouco atrás, Ana Maria Braga recebeu em seu programa uma artista de teatro que a convidou a assistir à peça que estava encenando. Ana Maria prometeu que iria e se saiu com esta: "Ah, não posso deixar de não ir".
De tão simpática, a frase tapeia quem a ouve e poucos percebem que ela afirmou categoricamente que não iria. Mas isso faz parte das chamadas mentiras sociais e, no fundo, não tem importância alguma.
Já ontem a coisa foi diferente. Romero Jucá, peemedebista da tropa de choque do godfather Sarney, fingiu trabalhar pela pacificação dos ânimos afirmando:
"Se estamos trabalhando para desidratar a crise, não há como jogar mais combustão".
Ora, se a crise for desidratada, isto é, perder água, se tornará mais combustível ainda.


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